o PC desligarei, à varanda, a lua mirarei,
Em devoção, dispara a devaneação,
N'alma, a amada, fito-te lua iluminada,
De eras primordiais,
Unistes nossos ancestrais,
Tua humilde geografia,
Exuberou a Humana demografia,
Despertastes todos os amores,
Corpos nus reluzistes em matizes e cores,
Cumplíce de amantes clandestinos,
Luzistes sentimentos nobres ou libertinos,
Amada por poetas, olhada de soslaio por ascetas,
No teu cavalo de Jorge, eterna deidade,
Galopam quixotes fugindo da realidade,
Que ironia, a cibernética não apagou tua magia,
Oh! Modernidade Oh! Urbanidade,
Entrestecida, por nós esquecida...
Tornei-me ingrato,
não iluminas meu amor no retrato
A imagem dela, acaricío com o cursor na tela
Do sonho de astronauta, tornei-me internauta,
Lua, declaro minha paixão, não a "VC",
Mas ao brilho do luar-virtual no LCD!
by Roberto Sergio