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Depois de pensar. sim, depois de muito pensar.
Cheguei à conclusão que te quero mesmo sem querer
Que perco-me num emaranhado de idéias correndo riscos por amar
No afã de encontrar um por que.
Que explique este desejo assombroso por você
Em minha sã consciência pode parecer algo estranho e louco
Pois te quero sem ao menos conhecer
Esta face que me encanta cada dia mais um pouco.
Quem me dera poder agir desesperadamente
E cometer os desatinos do amor
Talvez eu não estivesse com a minh’alma aflita, doente.
Amargando as agruras desta grande dor.
Dor que me angustia e me deixa num caminho de ilusões
Sem saber se devo voltar ou seguir em frente
Ensaio inúmeros pedidos de perdões
Com a minh’alma silente.
Parece algo simples que se torna complexo
Por não apresentar uma explicação coerente
Penso outra vez em tudo que já pensei e fico perplexo
Pasmo no meio do caminho, atônito, demente.
Meu Deus! Meu Deus! Como é deprimente
Amar sem ter a certeza do sentimento alheio.
Estas dúvidas obstruem a minha mente
Porém quanto mais ouso a fugir me enleio.
Perco-me sucessivas vezes.
Nos meus involuntários anseios
Passam os dias, os anos, os meses
E nunca pude encostar a minha cabeça em teus seios.
E me senti confortado por este amor que se duplica
Mesmo sendo afrontado por tantos receios.
Hoje eu sinto algo que não se explica.
E te quero por todos os meios.
Todos os meios através dos quais
Me seja possível lutar até exaurir-me
Pois eu sei nunca mais
Eu tirarei do peito este amor que você reprime.
Sofro todas às noites com as coisas que presumes
Chegastes a afirmar que não tenho sentimentos
Não sei se afirmastes por medo, receio ou ciúmes
Sofro por você não enxergar o que sinto por dentro.
Outra vez me deito com o coração sangrando
Adormeço sonhando com o teu cheiro de Floratta in Blue
A minh’alma continua te esperando.
No afã de acariciar a tua pele tênue.
Quando eu dormia.
A minh’alma saiu do meu corpo atraída pela fragrância de Cecita
Você se fez presente em meus versos
E com conhecimento de causa espero que você reflita.
Nesta situação em que estou vivendo
E que mesmo sofrendo não me retiro
A minh’alma está quase morrendo.
Após ser atingida por seu tiro.
Você foi embora sem nenhuma justificativa
E até hoje não consigo ser feliz
A minh’alma mortalmente ferida luta para se manter viva
E esquecer as coisas que você me diz.
Penso em você e a minha mente se desespera
O meu coração dita palavras e treme de repente
As décadas se passam e continuo a tua espera
Mesmo sabendo que estás ausente.
Choro ao saber o quanto fui ingênuo
Em acreditar, em crê
Que você me queria com este teu gênio
Que não consegues conter.
Num destes dias me convidastes à tua casa
Suspirei, contive as lágrimas e guardei segredo
A minh’alma reviveu, criou asas.
Contudo caminhei nos meandros do medo.
Cheguei trazendo nas mãos um coração que você oprime
Entrei e você permaneceu horas calada desapontado levanto-me e saio
Sem rumos, sem nortes em busca de terra firme.
E quanto mais tento levantar-me caio.
Num mar profundo de descontentamento
Sem que ninguém possa perceber
E ainda que você não creia no meu sentimento
Eu nunca vou deixar de te querer.
Escritor Acadêmico Jailson Santos
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