A LAVADEIRA

Quando a lavadeira cantarolava Sob os arcos da formosa ponte O som das suas cantigas ecoava P"los brejos invejado pela fonte. Era um povo com suas cantigas Que como prece eram cantadas Por lindas e virginais raparigas De amor e sonhos abrasadas. Cada uma guardava um segredo Que no seu peito ansioso delirava E despertava num amor que cedo Enchia um coração que suspirava Medrosas com o coração ardente Viviam uma primavera de ventura Desfolhando uma paixão inocente Transbordante de amor e ternura.